A caneta TX2 tem uma bola em seu topo, que permite às pessoas brincarem com ela de maneira lúdica: é um exemplo da abordagem de Ive, que busca design funcionalistas com elementos que poderiam ser tidos como inúteis, num recorte clássico, mas demonstram um entendimento mais amplo dos desejos humanos e de como eles se relacionam com os itens que compõe sua cultura material.

Em A linguagem das coisas, Deyan Sudjic aponta a semelhança evidente entre decisões de design da Braun e da Apple. Mas é impossível entender Jony Ive como um funcionalista típico. O designer criou assinatura da empresa, desde que mudou a forma como as pessoas se relacionam com computadores ao criar o iMac (um computador que pretendia ser avaliado da mesma forma que as pessoas fazem com eletrodomésticos, e não pelo padrão de desenho e recursos até então dominante no mercado de PCs).

Entre fracassos, como Mac Cube, e sucessos, como o iPhone, Ive forjou uma caminho que concilia funcionalidade e toques inúteis que fazem as pessoas descobrir tudo o que elas queriam antes daquele produto existir. Neste artigo da Business Insider é possível conhecer um pouco mais de sua trajetória, descrita de forma detalhada no livro recém publicado Jony Ive – O gênio por trás dos grandes produtos da Apple.