22 de Julho, 13h00, no Besides the Screen 2020

para Arlindo Machado que, com seu livro A Televisão Levada à Sério, me ensinou a importância de propor repertórios críticos das linguagens menos estabelecidas

O artigo propõe um repertório crítico, a partir da análise de obras dos cinemas experimentais, das artes do vídeo e do audiovisual contemporâneo, procurando encontrar uma terminologia capaz de abranger procedimentos de montagem comuns, que implicariam em um campo audiovisual expandido resultante do cruzamento seletivo entre estas áreas. O objetivo deste texto não é constituir um campo homogêneo ou amarrar os vetores teóricos colocados em jogo, mas sim estabelecer um material em torno do qual é possível pensar certos aspectos da linguagem audiovisual, do ângulo da montagem sem hierarquia entre som e imagem em movimento. Seguindo o termo audiovisuology adotado no livro See this Sound, organizado por Dieter Daniels e Sandra Naumann, este repertório de obras e termos será descrito pelo termo audiovisualidades. Serão analisadas práticas de montagem existentes em campos diversos. O fato de persistirem em diferentes ciclos tecnológicos e constituírem certos modos de fazer que extrapolam campos estanques é justamente o que torna possível argumentar na direção de um universo de misturas e/ou expansões que culmina no campo audiovisual expandido. Ao mesmo tempo que compartilham elementos do cinema, do vídeo, da televisão e das mídias digitais, as audiovisualidades recortam aspectos muito específicos de cada um deles. Por isso, nem sempre coincidem com aquilo que se considera mais marcante do cinema ou das mídias digitais, e extrapolam os limites mais nítidos em que estes se fecham.


_ spatial montage / ambience

_ loops / microcuts

“A rose is a rose is a rose” Gertrude Stein

“No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra

Nunca me esquecerei deste acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas
Nunca me esquecerei que no meio do caminho

Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra”
(Drummond)

“Through subtle variations and repetitive loops, Stein’s plays, ‘similar to the later minimal music’, seem to make no progress and yet undergo subtle change” (Rebentisch, Aesthetics of Installation Art, p. 153-4).

_ masks

masks are also used intensily in narrative formats, for example Hitchcock´s the Birds, but in experimental languages it does not aim for transparency.

_ estroboscopic / pulse

_ generative

_ remontage / remix

_ materials